
Acho que alguma verdade- ou muita verdade- existe por trás de alguns ditados populares, como aquele : "quem espera, sempre alcança".
Havia alguns dias, eu tinha me decidido a esperar. Esperar de verdade: sem fazer gênero, sem fazer birra, sem criar caso. Apenas esperar. Como quem espera o fruto de uma colheita. Viesse ele, ou não.
Aprendi que a gente pode ser feliz, também, nas esperas. No desejo de ter, sem, ainda, possuir. O importante não é chegar, é ir; já dizia Charles Chaplin.
E, em meio a essa onda de serenidade arquitetada, recebi uma mensagem que aquietou, de vez, meu coração: "to com o carro lotado".
Para o leitor, que apenas me lê agora, talvez tal mensagem não lhe traga muito sentido. Para mim, no entanto, ela carregava um mundo: um mundo de sonhos. Um mundo de possibilidades. Um admirável mundo novo, como pretendeu Aldous Huxley um dia.
E, assim, num domingo de sol, dia 23 de agosto, ele entrou, não só porta adentro, como para dentro da minha vida.
Se ele vai ficar? Não sei.
Quanto tempo ficará? Não faço a mínima idéia.
O futuro só a Deus pertence.
Sei do meu dia de hoje. Do meu momento presente. E, enquanto estivermos juntos, e felizes, nada será contra nós.
... Aproveito a companhia dele para saborear o fruto recém colhido...
O amor, a amizade e a confiança tem um doce sabor. E se uma vez plantados e cultivados, diariamente, não faltarão nunca à mesa de quem os semeou.