3 de jun. de 2009

Das efemeridades da vida...ou: do tempo que dura uma briga.

E assim como ele veio, partiu... De maneira rápida, precisa, quase indolor...
(Algo como puxar o band-aid do ferimento sem pestanejar: de sopetão!).
Pela primeira vez, desde que o conheço, consegui fitar aqueles olhos verde-azeitona e não me deixar sucumbir. Pela primeira vez, em muito tempo, a minha força predominaria sobre a minha vontade.
Deixei-o bater a minha porta uma, duas vezes. Atendi de birra...
Quando o vi, mal acreditei ser aquele homem o motivo de tanta insônia e inquietação... Talvez não fosse ele e, sim, eu. Talvez fosse o dia impróprio; talvez, não. Talvez fosse meu cansaço; talvez, não. Talvez nada mais fosse como antes; talvez, não.
Ouvi suas palavras já sem muita- ou nada de- paciência. Aquela noite era minha. E eu estava decidida: não o queria mais na minha vida.
Mandei-o embora como se espanta uma mosca: com um safanão. E, pela primeira vez, o vi sair porta afora convencido de que era aquilo mesmo que eu queria.
Venci.
Mandei-o de volta para o lugar onde vão todos os sem-importância, sem- futuro, sem-chance, sem-volta...
Deitei na minha cama com a alegria de quem ganha um presente. No meu caso, um futuro. E sem complicações.
Meus pensamentos foram interrompidos pelo tocar do telefone: era ele. Já sem certeza nenhuma de coisa alguma, atendi.
Escutei algo do tipo: "Não vou desistir de ti, Carol".
Esse havia sido meu pedido a ele em algum outro momento de crise: mesmo que eu te peça, que eu te mande embora, não desitas de mim...
E, ao que parece, ele lembrou.
E com um novo e enigmático sorriso no rosto, virei pro lado e peguei no sono.