30 de mai. de 2009

Verdades e mentiras...


Quando ele chega, o medo da verdade desaparece... E desaparece, também, a saudade, a vergonha, a insegurança, a razão e o mundo lá fora.
Aqui dentro, somos apenas nós dois. E destes dois formamos um: um mesmo corpo, um mesmo abraço, um mesmo cheiro, um mesmo cansaço.
Estamos juntos. E, juntos, o mais se esvaece...
O tempo voa em progressão geométrica.
Seu olhar, perdido entre as paredes da sala, indica que ele precisa ir embora. Ele sabe que eu sei. E eu sei que ele também sabe.
Assim, o idílio tranforma-se em desassossego. A certeza em inquietude. A paixão em insegurança. O amor em ausência.
O não saber destrói a confiança. O não acreditar no futuro consome o presente.
Preciso não sentir... Preciso não pensar...
(...Ele agora está com ela. Com a dona da sua vida e a conhecida dos amigos. Com a companheira legítima e a escolhida pelas circunstâncias...).
Eu já não mais existo. Já não faço parte do seu mundo.
Eu sou a outra.
E entre verdades e mentiras, entre emoções e razões, tento fazer a vida valer a pena. Se não com sentido, com as minhas falsas verdades.
"A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer." (Mário Quintana) ...