25 de mai. de 2009

A Dama e o Vagabundo- ou a história dos opostos complementares

Acabei de voltar daquele que poderia ter sido meu último encontro com ele...
Se escrevi poderia é porque não foi. E espero que nunca seja.
Uma vez lendo Paulo Coelho- Brida, pra ser mais exata- uma passagem me chamou a atenção, tanto que a retenho até hoje na memória: a menina se encontrava à beira do mar e queria saber como estava a água. Molhou, então, seus dois pés no rasinho. Ao assistir aquilo, seu mestre interveio: se queres conhecer algo de verdade, mergulhe de cabeça.
E assim como a metáfora do livro, imagino que devam ser as paixões. Não podemos ficar meio apaixonados. Meio expostos. Meio comprometidos.
Pra viver uma paixão, devemos mergulhar com tudo: torcendo pra que o fundo não seja raso, pra que água não esteja fria e pra que a correnteza não seja forte demais.
Vencida esta primeira etapa, o resto vem com o tempo. Depende muito mais de empenho e dedicação em se querer ficar junto, com um mínimo de sorte para encontrar alguém que valha a pena.
E terá valido a pena?-pergunto-me ainda desconhecendo a resposta.
Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
(E de pequena, minha alma não tem nada, Fernando Pessoa!)