
Como seria o mundo se a gente pudesse antever algumas situações a tempo de evitar certas surpresas?
Ou se tivéssemos o poder de dar um stop, um pause, um forward, ou um rewind como aquele filme que brinca com a vida desta maneira?
Seríamos mais felizes?
Estaríamos mais satisfeitos?
Quando estudava inglês, adorava as hypothetical situations... Além da sonoridade da expressão me cair muito bem aos ouvidos, "hy-po-the-ti-cal -si-tu-a-tions", ficava imaginando what if isso, what if aquilo... Do mais lúdico pensamento até os mais escabrosos... Do mais ingênuo até o mais pecaminoso...
Infelizmente, tratam-se, mesmo!, de situações hipotéticas; as quais, na vida real, neste mundo concreto, não passam de suposições acerca da impossibilidade de mudarmos algo que não depende de nós.
Coincidentemente, ou não, todas as situações hipotéticas relacionam-se ou ao tempo passado, ou a um tempo futuro...
[... E se eu não tivesse feito/dito tal coisa? ( já fez/disse: impossível voltar atrás).
... E se eu ganhasse na megasena amanhã? (provavelmente, não ganhará: mas, não sejamos tão pessimistas: confira seus números mesmo assim)].
Me atrevo a afirmar que meu entusiasmo por tais situações reside no fato de eu preocupar-me muito mais com o meu passado e futuro do que com o tempo presente, o aqui e agora.
Aliás, conheço poucas pessoas que vivem, hoje, desprendidas de seu passado, ou despreocupadas com seu futuro.
Estamos presos no "e...se...". Sempre. Como um vício.
E a adição é tão intensa que parei pra pensar, neste exato momento, no mais absurdo de tudo: e se eu não tivesse pensado em nada disso, este texto existiria?
.........................................